sexta-feira, 31 de maio de 2013
O que é Teoria do Conhecimento?
Roderick Chisholm
A reflexão sobre a natureza do nosso conhecimento dá origem a uma série de desconcertantes problemas filosóficos, que constituem o assunto da teoria do conhecimento, ou Epistemologia. A maior parte desses problemas foi debatida pelos gregos antigos e, ainda hoje, a concordância é escassa sobre a maneira como deveriam ser resolvidos ou, no caso de tal não ser possível, abandonados. Descrevendo os temas dos sete capítulos que se seguem , poderemos dar a entender, de modo geral, a natureza desses problemas.
1 ) Qual é a distinção entre conhecimento e opinião verdadeira? Se um homem teve um palpite acertado ("Eu diria que é o sete de ouros"), mas não sabe realmente; e outro homem sabe, mas não diz, e não precisa adivinhar; o que é que o segundo homem tem (se assim podemos dizer) que falta ao primeiro? Pode-se dizer, é claro, que o segundo homem tem a prova evidente e que o primeiro não a tem, ou que algo é evidente para um que não é para o outro. Mas o que é prova evidente e como decidiremos, em qualquer caso determinado, se temos ou não prova?
Essas perguntas têm suas análogas tanto na Filosofia Moral como na Lógica. O que significa um ato estar certo e como decidiremos, em qualquer caso determinado, se um certo ato está certo ou não? O que significa uma inferência ser válida e como decidiremos, num determinado caso, se uma dada inferência é ou não válida?
2 ) A nossa prova para algumas coisas, ao que parece, consiste no fato de termos provas para outras coisas. "A minha prova de que ele cumprirá sua promessa é o fato dele ter dito que cumpriria a sua promessa. E a minha prova de que ele disse que cumpriria a sua promessa é o fato de que. . ." Devemos dizer de tudo aquilo para o que temos prova que a nossa prova consiste no fato de termos prova para alguma outra coisa? Se tentarmos formular, socraticamente, a nossa justificação para qualquer pretensão particular de conhecimento ("A minha justificação para pensar que sei que A é o fato de que B" ) e se formos inexoráveis em nossa investigação ("e a minha justificação para pensar que sei que B é o fato de que C"), chegaremos, mais cedo ou mais tarde, a uma espécie de fim de linha ("mas a minha justificação para pensar que sei que N é simplesmente o f ato de que N" ) . Um exemplo de N poderá ser o fato de que me parece recordar que já estive aqui antes ou o fato de que alguma coisa, agora, me parece azul.
Esse tipo de interrupção pode ser descrito de duas maneiras bastante diferentes. Poderíamos dizer: "Há certas coisas (por exemplo, o fato de que me parece recordar ter aqui estado antes) que são evidentes para mim e que o são de tal forma que a minha prova de evidência para essas coisas não consiste no fato de haver certas outras coisas que são evidentes para mim". Ou poderíamos dizer, alternativamente: "Há certas coisas (por exemplo, o fato de que me parece recordar ter aqui estado antes) das quais não se pode dizer que sejam evidentes, em si mesmas, mas que se parecem com o que se pode considerar evidente, na medida em que funcionam como prova evidente para certas outras coisas." Essas duas formulações apenas pareceriam diferentes verbalmente. Se adotarmos a primeira, poderemos afirmar que algumas coisas são diretamente evidentes.
3 ) As coisas que ordinariamente dizemos que conhecemos não são coisas, portanto, "diretamente evidentes". Mas, ao justificarmos a pretensão de conhecimento de qualquer uma dessas coisas particulares, podemos ser levados de novo, da maneira descrita, às várias coisas que são diretamente evidentes. Deveríamos dizer, portanto, que o conjunto daquilo que conhecemos, em qualquer momento dado, é uma espécie de "estrutura", que tem seu "fundamento" no que acontece ser diretamente evidente, nesse momento? Se dissermos isso, deveremos estar então preparados para explicar de que maneira esse fundamento serve de apoio ao resto da estrutura. Mas essa questão é difícil de responder, visto que o apoio dado pelo fundamento não seria dedutivo nem indutivo. Por outras palavras, não é o gênero de apoio que as premissas de um argumento dedutivo dão à sua conclusão, nem é o gênero de apoio que as premissas de um argumento indutivo dão à sua conclusão. Pois
, se tomarmos como nossas premissas o conjunto do que é diretamente evidente em determinado momento, não podemos formular um bom argumento dedutivo, nem um bom argumento indutivo, em que qualquer das coisas que ordinariamente dizemos que conhecemos apareçam como uma conclusão. Portanto, talvez se dê o caso de, além das "regras de dedução" e das "regras de indução", existirem também certas "regras de evidência" básicas. 0 lógico dedutivo tenta formular o primeiro tipo de regras; o lógico indutivo, o segundo; e o epistemologista procura formular as regras do terceiro tipo.
4) Pode-se perguntar: "0 que é que sabemos? Qual é a extensão do nosso conhecimento?" Poder-se-á também perguntar: "Como decidir, em qualquer caso particular, se sabemos ou não? Quais são os critérios de conhecimento, se porventura existem?" 0 "problema do critério" resulta do fato de que, se não tivermos resposta para o segundo par de perguntas, não disporemos, nesse caso, aparentemente, de um procedimento razoável para encontrar resposta para o primeiro; e, se não tivermos resposta para o primeiro par de perguntas, não teremos então, aparentemente, um processo razoável de encontrar a resposta do segundo. 0 problema poderá ser formulado mais especificamente para diferentes matérias - por exemplo, o nosso conhecimento (se houver) de "coisas externas", "outros espíritos", "certo e errado", as "verdades da Teologia". Muitos filósofos, aparentemente sem razão suficiente, abordam algumas dessas versões mais específicas do problema do critério segundo um ponto de vista, ao passo que outros as encaram de um ponto de vista muito diferente.
5) 0 nosso conhecimento (se houver) do que por vezes denominamos as "verdades da razão" - as verdades da Lógica e da Matemática e o que se expressa por "Uma superfície que é toda vermelha também não é verde" - dota-nos com um exemplo particularmente instrutivo do problema de critério. Alguns filósofos acreditam que qualquer teoria satisfatória do conhecimento deve ser adequada ao fato de que algumas das verdades da razão, tal como tradicionalmente são concebidas, não estão entre as coisas que conhecemos. Outros, ainda, procuram simplificar o problema afirmando que as chamadas "verdades da razão" só pertencem realmente, de algum modo , , a maneira como as pessoas pensam ou a maneira como empregam sua linguagem. Mas, uma vez que essas sugestões sejam equacionadas com precisão, logo perdem toda e qualquer plausibilidade que aparentemente tenham tido, no começo.
6) Outros problemas da teoria do conhecimento poderiam designar-se, apropriadamente, por "metafísicos". Abrangem certas questões sobre as maneiras como as coisas nos parecem. As aparências que as coisas apresentam para nós quando, digamos, as percebemos, parecem ser subjetivas na medida em que dependem, para a sua existência e natureza, do estado do cérebro. Este simples fato levou os filósofos, talvez com excessiva facilidade, a estabelecerem algumas conclusões extremas. Alguns afirmaram que as aparências das coisas externas devem ser duplicatas internas dessas coisas - que, quando um homem percebe um cão, uma tênue réplica do cão é produzida dentro da cabeça do homem. Outros disseram que as coisas externas devem ser bastante distintas do que ordinariamente aceitamos que elas sejam - que as rosas não podem ser vermelhas quando ninguém está olhando para elas. Ainda outros afirmaram que as coisas físicas devem-se compor, de algum modo, de aparências; e houve também quem dissesse que «s aparências devem ser compostas, de algum modo, de coisas físicas. 0 problema levou até alguns filósofos a indagarem se existirão coisas físicas e outros, mais recentemente, a indagarem se existirão aparências.
7 ) 0 "problema da verdade" poderá parecer um dos mais simples da teoria do conhecimento. Se dissermos a respeito de um homem, `'Ele acredita que Sócrates é mortal", e depois acrescentarmos, "E o que é mais, sua crença é verdadeira", então o que acrescentamos não é, certamente, mais do que isto: Sócrates é mortal. E "Sócrates é mortal" diz-nos tanto quanto "é verdade que Sócrates é mortal". Mas que aconteceria se disséssemos, a respeito de um homem, que algumas de suas crenças são verdadeiras, sem especificarmos que crenças? Que propriedade, nesse caso, estaríamos atribuindo à sua crença?
Suponha-se que dizemos: "0 que ele está dizendo agora é verdade", quando acontece que o que ele está dizendo agora é o que nós estamos agora dizendo que é falso, seja o que for. Nesse caso, estaremos dizendo algo que é verdadeiro ou dizendo algo que é falso?
Finalmente, qual é a relação entre as condições da verdade e os critérios de evidência? Somos boas provas, presumivelmente, para acreditar que existem nove planetas. Essa prova consiste em vários outros fatos que conhecemos a respeito de Astronomia, mas não inclui, em si, o fato de que existem nove planetas. Pareceria logicamente possível, portanto, que um homem tivesse boas provas para uma crença que, não obstante, é uma crença que é falsa. Significará isso que o fato de existirem nove planetas, se porventura for um fato, é realmente algo que não pode ser evidente? Deveríamos dizer, portanto, que ninguém sabe, realmente, se existem nove planetas? Ou deveríamos dizer que, embora seja possível saber que existem nove planetas. não é possível saber que sabemos existirem nove planetas? Ou as provas de que dispomos para acreditar que existem nove planetas garantem, de algum modo, que a crença é verdadeira e garantem, portanto, que há nove planetas?
Tais questões, e problemas como esses, constituem o assunto da teoria do conhecimento. Um certo número deles, como o leitor já sentirá, é simplesmente o resultado de confusão; e, uma vez exposta a confusão, os problemas desaparecem. Mas outros, como este livro pretende mostrar, são um tanto mais difíceis de tratar.
(Fontes: Chisholm, R. M. (1966): Teoria do Conhecimento, Rio de Janeiro: Zahar, pgs. 11-15.).
http://www.cfh.ufsc.br/~wfil/chisholm.htm
http://www.cfh.ufsc.br/~wfil/chisholm.htm
Em breve...
Assim que possível, estarei iniciando a publicação da postagem dos slides e de alguns textos....
Introdução à Filosofia (Administração/biblioteconomia)
Atividade Extra-classe 02 do dia 31 de Maio de 2013
Estudo Dirigido I
1. "Logos e mito são as duas metades da linguagem, duas funções igualmente fundamentais da vida do espírito." Que quer dizer Pierre Grimal com essa afirmação?
2. Por que se pode dizer, baseado no estudo do helenista Jean-Pierre Vernant, que o o surgimento da filosofia foi engendrado em " praça pública"?
3. Qual era a preocupação central dos filósofos de Mileto e o que encontrou cada um em sua busca?
4. O pensamento de Pitágoras introduziu pela primeira vez, dentro da história da filosofia ocidental, um aspecto mais formal na explicação da realidade. Que aspecto é esse? Por que é mais formal? Em comparação ao quê? Justifique sua resposta com exemplos.
5. Qual a concepção de realidade contida nesta frase de Heráclito: "a luta é a mãe, rainha e princípio de todas as coisa"?
6. Comente as divergências fundamentais entre Parmênides e Heráclito sobre a realidade do ser.
7. Qual o objetivo Zenão de Eléia ao criar celebres argumentos como o da corrida de Aquiles com uma tartaruga?
8. Empédocles tentou conciliar as concepções de Parmênides e Heráclito. Como essa tentativa de conciliação se expressa em sua teoria?
9. De que maneira o pensamento de Demócrito também formula uma solução que concilia imobilidade do ser com o movimento do mundo?
Para responder as questões acima, devem ser observadas as seguintes orientações1. Os estudantes devem responder as seguintes perguntas a partir do que foi discutido em sala de aula e com base nos textos indicados para a leitura. Podem ser utilizadas outras fontes, mas estas serão mencionadas separadamente após ser mencionada a visão expressa no textos indicados, assim como as justificativas pessoais acerca das questões. Ao responder, deve ser integrados os conteúdos dos três textos entregues e o que foi discutido em sala de aula.
2. As respostas devem ser escritas manualmente com canetas esferográficas na cor azul ou preta. Não serão aceitos trabalhos digitalizados, enviados por e-mail ou escritos em outras cores e de lápis.
3. Deve ser observado o prazo de entrega. Não serão recebidos ou contabilizados trabalhos fora do prazo.
Prazo de entrega: 11 de junho de 2013.
Teoria do Conhecimento
Atividade Extra-Classe 02 do dia 27 de Maio de 2013
Investigação filosófica: Ceticismo
A partir do que foi discutido em sala de aula e com base nos textos indicados para a leitura, os estudantes devem responder a seguinte pergunta: Diferencie o ceticismo absoluto do ceticismo relativo.
Prazo de Entrega: 29 de Maio de 2013
Filosofia (Comunicação)
Atividade Extra-classe 01 do Dia 15 de maio de 2013.
Elaboração de Texto dissertativo: Porque se deve estudar filosofia no Curso de Comunicação?
Prazo de entrega: dia 22 de Maio de 2013
ps - Devido a paralisação nacional da educação e ao desencontro de informações com os estudantes de RP que passaram a participar dessa disciplina, o prazo foi prorrogado para o dia 05 de Junho de 2013. Não serão recebidas atividade posteriores.
Elaboração de Texto dissertativo: Porque se deve estudar filosofia no Curso de Comunicação?
Prazo de entrega: dia 22 de Maio de 2013
ps - Devido a paralisação nacional da educação e ao desencontro de informações com os estudantes de RP que passaram a participar dessa disciplina, o prazo foi prorrogado para o dia 05 de Junho de 2013. Não serão recebidas atividade posteriores.
Introdução à Filosofia (Administração/biblioteconomia)
Atividade Extra-classe 01 do dia 14 de Maio de 2013
Elaboração de um texto dissertativo: Por que precisamos estudar filosofia no curso de Administração.
Prazo de Entrega: 17 de Maio de 2013.
Elaboração de um texto dissertativo: Por que precisamos estudar filosofia no curso de Administração.
Prazo de Entrega: 17 de Maio de 2013.
Teoria do Conhecimento
Atividade Extraclasse 01 do Dia 13 de Maio
Elaboração de texto dissertativo: Por que se deve estudar teoria do conhecimento no curso de Psicologia.
Elaboração de texto dissertativo: Por que se deve estudar teoria do conhecimento no curso de Psicologia.
sexta-feira, 17 de maio de 2013
Atividades extra-classes
Em breve, estarei postando as atividades dessa primeira semana. Fiquem atentos, pois algumas disciplinas são semelhantes. Daí, a necessidade de verificar o semestre/ano e o curso em que é ministrado.
Filosofia - Comunicação
EMENTA
Origem e Caracterização da
Filosofia. Do mito à racionalidade do pensamento ocidental (identidade e
diferença). As categorias fundamentais da filosofia teórica e prática. Evolução
histórica do pensamento filosófico e as principais correntes filosóficas. Leitura
propedêutica de textos filosóficos. Algumas expressões filosóficas que embasam
os cursos de Comunicação.
COMPETÊNCIAS
- Identificar os principais pensadores e
pensamentos filosóficos, no sentido de compreender historicamente a filosofia;
- Compreender o processo histórico da
filosofia e sua influência na Comunicação.
OBJETIVOS
-
Contribuir para uma reflexão crítica acerca do homem e da sua relação com o
mundo;
-
Caracterizar os períodos da história da Filosofia;
- Discutir os principais fundamentos básicos das
principais correntes filosóficas.
CONTEÚDO
Unidade
I – Filosofia e outros discursos:
Considerações introdutórias. Noções fundamentais de filosofia. Discursos
Explicativos da realidade: Mito, Natureza e Doxa. O que é filosofia? Origens da reflexão filosófica. As principais
características da filosofia.
Unidade
II – Breve Enfoque da História da Filosofia com suas Principais Correntes
Filosóficas. Filosofia Antiga. Filosofia Medieval. Filosofia do Renascimento.
Filosofia Moderna e Filosofia Contemporânea.
Unidade III – A comunicação na contemporaneidade: o
jornalismo e o texto escrito, a fundamentação de outros conhecimento para a
profissão de jornalista, as diferenças de ideias. Breve introdução ao pensamento crítico da Comunicação.
METODOLOGIA
Ø Aulas expositivas e
dialogadas.
Ø Roteiros
e Estudos de texto. (Individual e em grupo)
Ø Exercícios
de leitura e interpretação.
Ø Atividades
em grupo, seminários e debates.
Ø As atividades
extraclasses:
Fichamentos de leitura comentado
Relatórios das apresentações de equipes
Resolução de questionários
Elaboração de Seminário temático:
Filosofia
Trabalho filosófico sobre um
dos temas ou assuntos estudados na disciplina.
AVALIAÇÃO (Há possibilidade de Alteração):
Av1: Seminário
Temático + Atividades Extraclasses
Av2: Avaliação Escrita
ou Trabalho individual escrito
Av3: Avaliação Escrita
Observação: De acordo
com o desenvolvimento da turma, as atividades extraclasses poderão ser
utilizadas para se estabelecer a nota final de cada uma das três avaliações
acima.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ADORNO, T. W. et al. Teoria da Cultura de
Massa.
Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1978.
ARANHA, M. L. de A.;
MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo.
Editora Moderna .2000.
ARAÚJO, I. L. Introdução
à filosofia da ciência. 2 ed. Curitiba: Ed. Da
UFPR. 1998.
BORNHEIM, G. O Sentido e a Mascara. São Paulo:
Perspectiva, 1992.
CHAUI, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Editora
Ática, 2000.
DEBORD, G. A Sociedade do Espetáculo. Trad. Estela
dos Santos Abreu. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.
FERRY, Jean Marc. Filosofia da Comunicação. São Paulo:
Paulus, 2007.
FOUCALT, M. A
Arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Editora Forense Universitária,1997.
HABBERMAS, J. Conhecimento
e interesse: um novo posfácio. Rio de Janeiro. 1990.
GRANGER, G.G. A Razão. São Paulo, Difel, 1962.
__________________. O
discurso filosófico da modernidade. Rio de Janeiro: Publicações Dom
Quixote,1990.
JAEGER, W. Paidéia. A formação do homem grego. São
Paulo: Martins Fontes, 1986.
PLATÃO. Mênon. Trad. Maura Iglesias. – 2. ed.
– Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio; Loyola, 2003.
_______. A República. Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian, 2001.
REALE, G. História da Filosofia Antiga (Vols I e II). Trad. de Marcelo Perine. São Paulo, Loyola, 1993.
VOLTAIRE. Conselhos a um jornalista. Trad. Marcia
Valéria Martinez de Aguiar. São Paulo:
Martins Fontes, 2006.
Essas são algumas das
obras e textos sobre os temas tratados. Outros textos poderão ser indicados no
decorrer do semestre, se necessário.
Introdução à Filosofia (Administração/Biblioteconomia)
EMENTA
Do mito à racionalidade do
pensamento ocidental (identidade e diferença). A história da filosofia. A
questão do fundamento: o ser, o sujeito, a linguagem. As categorias
fundamentais da filosofia teórica e prática. A questão da verdade. A questão do
bem. Leitura propedêutica de textos filosóficos.
COMPETÊNCIAS
- Identificar os principais pensadores e pensamentos
filosóficos, no sentido de compreender historicamente a filosofia;
- Compreender o processo histórico da filosofia.
OBJETIVOS
- Contribuir para uma reflexão crítica acerca do homem e
da sua relação com o mundo;
-Caracterizar os períodos da história da Filosofia;
- Discutir os principais fundamentos básicos das principais
correntes filosóficas.
CONTEÚDO
Unidade I – Filosofia e outros discursos: Considerações
introdutórias.
Noções fundamentais de filosofia. Discursos Explicativos
da realidade: Mito, Natureza e Doxa. O que é filosofia? Origens da reflexão filosófica. As principais
características da filosofia.
Unidade II – Breve Enfoque
da História da Filosofia com suas Principais Correntes Filosóficas.
Filosofia Antiga. Filosofia
Medieval. Filosofia do Renascimento. Filosofia Moderna e Filosofia
Contemporânea.
METODOLOGIA
Ø Aulas
expositivas e dialogadas.
Ø Exercícios
de leitura e interpretação.
Ø Atividades
em grupo, seminários e debates.
Ø As
atividades extraclasses:
Fichamentos de leitura comentada
Relatórios das apresentações de equipes
Resolução de questionários
Elaboração
de Seminário temático: Teoria do Conhecimento.
Trabalho filosófico sobre um dos temas ou assuntos estudados na
disciplina.
AVALIAÇÃO:
Av1: Apresentação de Seminário
Temático em equipe + Atividades Extraclasses
Av2: Avaliação Escrita
ou Trabalho individual escrito
Av3: Avaliação
Escrita
Observação: De acordo
com o desenvolvimento da turma, as atividades extraclasses poderão ser
utilizadas para se estabelecer a nota final de cada uma das três avaliações
acima.
Teoria do Conhecimento
EMENTA
Os aspectos psicológicos, epistemológicos e
deontológicos do conhecimento. A questão da verdade na filosofia antiga e
medieval.
SOBRE A EMENTA NA PSICOLOGIA
Estudo introdutório sobre as
questões acerca do problema do Conhecimento. A natureza, a estrutura e a
possibilidade do conhecimento e da justificação. Discussão sobre "a verdade" do
conhecimento. O "conhecimento" nas principais concepções da
filosofia, em especial, a discussão entre empiristas e racionalistas.
COMPETÊNCIAS
- Compreender o problema do
Conhecimento e como ele está inserindo e influencia os estudos da Psicologia.
- Entender o problema do
conhecimento na história da filosofia, em especial, a relação entre
representação e realidade.
- Compreender a história e a crítica da ciência
e as principais matrizes epistemológicas que fundamentam a teoria e a prática
do psicólogo.
HABILIDADES
- Ter uma visão introdutória geral da questão
do Conhecimento.
- Conhecer os principais pensadores e correntes filosóficas
da epistemologia.
CONTEÚDO
Unidade I - Noções
fundamentais de filosofia - O que é filosofia? Diferença dos discursos
mitológico, religioso, filosófico e científico. A construção do pensamento
científico; estatuto de cientificidade das ciências. O que é a Teoria do
Conhecimento? Teoria do Conhecimento, Epistemologia e Filosofia da Ciência.
Unidade II – o Problema do
Conhecimento. Os temas clássicos e os problemas universais da Teoria do
Conhecimento. A fundação do Saber e seus paradigmas epistêmicos fundamentais. Correntes
do pensamento epistemológico.
METODOLOGIA
Ø Aulas
expositivas e dialogadas.
Ø Exercícios
de leitura e interpretação.
Ø Atividades
em grupo, seminários e debates.
Ø As
atividades extraclasses:
Fichamentos de leitura comentada
Relatórios das apresentações de equipes
Resolução de questionários
Elaboração
de Seminário temático: Teoria do Conhecimento.
Trabalho filosófico sobre um dos temas ou assuntos estudados na
disciplina.
AVALIAÇÃO:
Av1: Apresentação de Seminário
Temático em equipe + Atividades Extraclasses
Av2: Avaliação Escrita
ou Trabalho individual escrito
Av3: Avaliação
Escrita
Observação: De acordo
com o desenvolvimento da turma, as atividades extraclasses poderão ser
utilizadas para se estabelecer a nota final de cada uma das três avaliações
acima.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ADORNO, T. Positivismo na sociologia alemã. Trad. Wolfgang Leo Maar. São Paulo: Abril Cultural,
1980. (col. Os Pensadores).
__________. Metacrítica , palavras e sinais.
Petrópolis: Vozes, 1995.
__________. Epilegômenos dialéticos. In Consignos. Buenos Aires, Amarrortu,
s/d.
ARANHA, M. L. A.;
MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo.
Editora Moderna .2000.
ARAÚJO, I. L. Introdução
à filosofia da ciência. 2 ed. Curitiba: Ed. Da
UFPR. 1998.
ARISTÓTELES. De Anima. Apresentação, tradução e
notas de Maria Cecília Gomes dos Reis.
São Paulo: Ed. 34,
2006.
AYER, A. J. O problema do conhecimento. Ed.
Ulisseia, s/d.
BACHELARD,
G. A filosofia do não. São Paulo:
Abril Cultural, 1984. (col. Os Pensadores)
BACON,
F. Novurn Organum. In: São Paulo:
Abril Cultural, 1973. (col. Os Pensadores)
BENJAMIN,
A. C. Filosofia da Ciência in Dicionário
de Filosofia, (dir. Dagobert. D. Runes), 1.ed. Lisboa, Editorial Presença,
1990.
CHALMERS,
A. F. O que é ciência afinal? São
Paulo: Editora Brasiliense, 1993.
CHAUI, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Editora
Ática, 2000.
DESCARTES, R. Discurso do Método. São Paulo: Abril
Cultural, 1972.
_____________. Meditações Metafísicas. São Paulo:
Abril Cultural, 1972.
DEMO, P. Conhecimento Moderno: sobre ética e
intervenção do conhecimento. Petrópolis: Editora Vozes,1997.
DUTRA, L. H. de A. Introdução à epistemologia. São Paulo,
Editora UNESP, 2010.
DUTRA, L. H. de A. Verdade e Investigação O Problema da
Verdade na Teoria do Conhecimento. São Paulo: EPU,
2001.
DUTRA, L. H. de A. Oposições Filosóficas. Florianópolis:
Editora da UFSC, 2005.
GETTIER. E. É a crença verdadeira justificada conhecimento?
Trad. Célia Teixeira. http://criticanarede.com/epi_gettier.html
GOLDMAN. A. I. O que é a crença justificada? Trad.
Luiz Helvécio Marques, Sérgio R. N. Miranda e Desidério Murcho.
http://criticanarede.com/justificacao.html
GRANGER, G.G. A Razão. São Paulo, Difel, 1962.
HABERMAS, J. Conhecimento
e interesse: um novo posfácio. Rio de Janeiro. 1990.
____________. O
discurso filosófico da modernidade. Rio de Janeiro: Publicações Dom Quixote,1990.
____________. Verdade e Justificação. Trad. Milton
Camargo Mota. São Paulo: Loyola,
2004.
HEGEL, G.W.F. Fenomenologia do Espírito. Trad. Paulo
Meneses. Petrópolis: Vozes, 1992.
HESSEN, J. Teoria do Conhecimento. Trad. João
Vergílio Cuter. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
HUSSERL, E. A ideia da Fenomenologia. Lisboa:
Edições 70, 1996.
___________. Meditações Cartesianas: Introdução à
Fenomenologia. São Paulo, Editora Madras, 2001.
___________. La crise des sciences européennes et la
phénoménologie transcendantale. Trad. de l’allemand et préfacé par Gérard
Granel, Paris: Gallimard, 1976.
HUSSERL, E. A Filosofia como Ciência do Rigor.
Coimbra: Atlântida, 1965.
HUME, D.
Investigação Acerca do Entendimento
Humano. São Paulo: Nova Cultural, 1999. (Col. Os Pensadores).
JAEGER, W. Paidéia. A formação do homem grego. São
Paulo: Martins Fontes, 1986.
KANT, I. Crítica da razão pura. Lisboa: Trad.
Manuela Pinto dos Santos e Alexandre Fradique Morujão. Lisboa:
Fundação Calouste
Gulbenkian, 1994.
LOSEE,
J. Introdução histórica à Filosofia da
Ciência. São Paulo: Editora da Universidade São Paulo, 1979.
MORGENBESSER,
S.(Org.) Filosofia da Ciência. São
Paulo: Editora Cultrix. 1985.
MOSER,
P. K; Mulder, Dwayne H. e Trout, J. D. A teoria do conhecimento: uma introdução
temática. Trad. Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
Alegre:
Artmed, 2007.
OLIVA, A. Teoria do conhecimento. Rio de
Janeiro: Zahar, 2011.
PLATÃO. Mênon. Trad. Maura Iglesias. – 2. ed.
– Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio; Loyola, 2003.
_______. A República. Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian, 2001.
_______.Teeteto. tradução brasileira de Carlos
Alberto Nunes, Coleção Amazônia, Belém: Universidade Federal do Pará, 1973.
Popper, K.R. Conhecimento Científico. São Paulo:
EDUSP, 1975.
ROSSI, P. A ciência e a filosofia dos modernos.;
São Paulo: Ed. Unesp, 1992.
VÁRIOS. Estruturalismo : antologia de textos
teóricos. Portugália, 1968.
Essas são algumas das
obras e textos sobre os temas tratados. Outros textos poderão ser indicados no
decorrer do semestre, se necessário.
Sejam bem-vindos ao Semestre 2013.2
Esperamos que neste novo semestre possamos ampliar nossos conhecimentos, por isso reconfiguramos este espaço. Caso deseje alguma das informações que não estiver mais no blog, basta entrar em contato pelo e-mail: cyberfilosofia@gmail.com
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