terça-feira, 9 de julho de 2013

Filosofia (Comunicação)

 Estudo Dirigido I 

1. "Logos e mito são as duas metades da linguagem, duas funções igualmente fundamentais da vida do espírito." Que quer dizer Pierre Grimal com essa afirmação?

2. Por que se pode dizer, baseado no estudo do helenista Jean-Pierre Vernant, que o o surgimento da filosofia foi  engendrado em " praça pública"?

3. Qual era a preocupação central dos filósofos de Mileto e o que encontrou cada um em sua busca?

4. O pensamento de Pitágoras introduziu pela primeira vez, dentro da história da filosofia ocidental, um aspecto mais formal na explicação da realidade. Que aspecto é esse? Por que é mais formal? Em comparação ao quê? Justifique sua resposta com exemplos.

5. Qual a concepção de realidade contida nesta frase de Heráclito: "a luta é a mãe, rainha e princípio de todas as coisa"?

6. Comente as divergências fundamentais entre Parmênides e Heráclito sobre a realidade do ser.

7. Qual o objetivo Zenão de Eléia ao criar celebres argumentos como o da corrida de Aquiles com uma tartaruga?

8. Empédocles tentou conciliar  as concepções de Parmênides e Heráclito. Como essa tentativa de conciliação se expressa em sua teoria?

9. De que maneira o pensamento de Demócrito também formula uma solução que concilia imobilidade do ser com o movimento do mundo?

Temas para o Seminário: Filosofia e suas considerações

1. Do mito a racionalidade do pensamento ocidental (identidade e diferença). 
2. A questão do fundamento: o ser, o sujeito, a linguagem. 
3. A questão do conhecimento e da verdade na filosofia.
4. Os primeiros jônios e a questão do “principio” de todas as coisas.
5. Parmênides e Heráclito: a proposito do ser ou do conhecimento.
6. A Sofistica e o deslocamento do eixo da pesquisa filosófica do cosmo para o homem.
7. Sócrates e a Filosofia Moral Ocidental.
8. Platão e a República: questões epistemológicas ou politicas.
9. O pensamento aristotélico.

Também podem ser escolhidos problemas filosóficos específicos ou sistemas filosóficos, utilizando o material auxiliar que já está disponibilizado na xerox, tais como: o problema lógico, problema gnosiológico, problema linguístico, problema cosmológico, problema antropológico, problema metafísico, problema ético, problema político-social, bem como, Escola Jônica, Escola de Eleia, Escola Atomística e a Sofistica.

Lembrem-se que as equipes devem ter entre três e cinco pessoas e que na apostila se encontra um texto explicativo sobre se deve elaborar um seminário.

Observação Importante

Ao responder perguntas filosóficas é preciso argumentar, ponderar e justificar suas afirmações. Não devemos fazer afirmações e refutações sem explicá-las e contextualizá-las.


Introdução a Filosofia - Administração

Estudo Dirigido II

1. Explique o que é e quais são os principais pontos da Teoria das Formas/Ideias de Platão.

2. Explique cuidadosamente e justifique seus argumentos acerca de como pode ser interpretada a Alegoria da Caverna:
a) epistemologicamente:
b) politicamente:

3. Quais as definições de Justiça que o personagem Sócrates no Livro I da República de Platão critica e quais são essas críticas?

4. Comente sobre a questão da Justiça em Platão a partir da discussão sobre a teoria das formas.

 5. Explique e comente sobre a discussão platônica sobre a questão das ciências a partir da suposição de uma linha recortada em duas partes desiguais. Não se esqueça de esclarecer acerca das quatro operações da alma e aplica-las aos quatro segmentos.


 6. Ao ser perguntado sobre a questão do Bem no livro VI da República, o personagem Sócrates responde comparando: assim como o Bem está para o mundo inteligível, o sol está para o mundo visível. Com base nessa reflexão, comente sobre a ideia do Bem. 

Confira Seus Conhecimentos: Descartes e o Racionalismo

Confira Seus Conhecimentos:
I. René Descartes é considerado o mestre do racionalismo, corrente filosófica moderna que atribui à razão humana a capacidade exclusiva de conhecer e estabelecer a verdade. É correto dizer que o racionalismo cartesiano:
A) utiliza o método indutivo a posteriori.
B) admite parte dos saberes já existentes e consagrados.
C) recusa todo tipo de premissa, por mais evidente e lógico que possa parecer.
D) está fundado na intuição intelectual.
E) nega a capacidade humana de discernir por completo o certo do errado, o verdadeiro do falso, dada a falibilidade natural à espécie.

II. (UEL-2005) “E quando considero que duvido, isto é, que sou uma coisa incompleta e dependente, a idéia de um ser completo e independente, ou seja, de Deus, apresenta-se a meu espírito com igual distinção e clareza; e do simples fato de que essa idéia se encontra em mim, ou que sou ou existo, eu que possuo esta ideia, concluo tão evidentemente a existência de Deus e que a minha depende inteiramente dele em todos os momentos da minha vida, que não penso que o espírito humano possa conhecer algo com maior evidência e certeza”. (DESCARTES, René. Meditações. Trad. de Jacó Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 297-298.) Com base no texto, é correto afirmar:
a) O espírito possui uma ideia obscura e confusa de Deus, o que impede que esta ideia possa ser conhecida com evidência.
b) A ideia da existência de Deus, como um ser completo e independente, é uma consequência dos limites do espírito humano.
c) O conhecimento que o espírito humano possui de si mesmo é superior ao conhecimento de Deus.
d) A única certeza que o espírito humano é capaz de provar é a existência de si mesmo, enquanto um ser que pensa.
e) A existência de Deus, como uma ideia clara e distinta, é impossível de ser provada.


III. Produza um texto com o seguinte tema: “Análise e conhecimento em Descartes.” Procure refazer os passos expostos no Discurso do Método de Descartes. Crie um texto argumentativo que prioriza a defesa das quatro regras. Considere e reflita sobre também em expressões que definam cada regra. A primeira é a regra da evidência, pois... a segunda é a regra da... Etc. 

IV.(UFU- 1999) "Além disso observei que os filósofos, ao empreenderem explicar, pelas regras da sua lógica, coisas que são manifestas por si próprias, não fizeram mais do que obscurecê-las".  (Descartes - Princípios de Filosofia - Lisboa, Guimarães Editores)
      Explique a concepção de conhecimento em Descartes.
       
     V. (UFU - 2002 ) Leia com atenção a exposição dos preceitos fundamentais do Método, feito por Descartes.
     “O primeiro era de jamais acolher alguma coisa como verdadeira que não conhecesse evidentemente como tal; (...). O segundo, o de       dividir cada uma das dificuldades que eu examinasse em tantas parcelas quantas possíveis e quantas necessárias fossem para melhor resolvê-las. O terceiro, o de conduzir por ordem os meus pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir, pouco a pouco, como por degraus, até o conhecimento dos mais compostos, (...) e o último, o de fazer revisões tão gerais, que eu tivesse a certeza de nada omitir.”
DESCARTES. Discurso do Método. Coleção “Os Pensadores”. São Paulo: Abril Cultural, 1987.
A efetivação do método ocorre graças ao esforço do pensamento que objetiva descobrir a verdade das coisas existentes. Tomando o texto de Descartes por referência, indique as quatro operações mentais que cada um deve fazer para executar o método proposto pelo filósofo francês.
VI. (UFU - 2002) De acordo com Descartes:
“a razão (...) “é naturalmente igual em todos os homens; e, destarte, que a diversidade de nossas opiniões não provém do fato de serem uns mais racionais do que outros, mas somente de conduzirmos nossos pensamentos por vias diversas e não considerarmos as mesmas coisas. Pois não é suficiente ter o espírito bom, o principal é aplicá-lo bem.” DESCARTES. Discurso do Métodopara bem conduzir a própria razão e procurar a verdade nas ciências. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p.29.
Com relação ao fragmento acima, responda: Quais são as vias diversas, que prejudicam a boa aplicação da razão?
VII. (UFU - 2003) Descartes afirmou no Discurso do método que a boa condução da razão na pesquisa da verdade das coisas deve ser feita em poucas regras. Sendo assim, o primeiro dos quatro preceitos básicos do seu método diz o seguinte: jamais acolha alguma coisa como verdadeira que não conheça evidentemente como tal.
A aplicação desta primeira regra evita dois graves defeitos. Responda: quais são e como se caracterizam os dois defeitos a que se refere Descartes?
VIII (UFU - 2004) No escrito publicado postumamente, Regras para a orientação do espírito, Descartes fez o seguinte comentário:
.Mas, toda vez que dois homens formulam sobre a mesma coisa juízos contrários, é certo que um ou outro, pelo menos, esteja enganado. Nenhum dos dois parece mesmo ter ciência, pois, se as razões de um homem fossem certas e evidentes, ele as poderia expor ao outro de maneira que acabasse por lhe convencer o entendimento..
DESCARTES, René. Regras para a orientação do espírito. Trad. de Maria Ermantina Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 6-7.
Para alcançar a verdade das coisas, isto é, o conhecimento certo e evidente, é necessário um método composto de regras muito simples que evitem os enganos e as opiniões prováveis. Segundo Descartes, somente duas ciências podem auxiliar na fundamentação do método
para a investigação da verdade, são elas:
A) teologia e filosofia.
B) mecânica e física.
C) fisiologia e filologia.
D) aritmética e geometria.

TEORIA DO CONHECIMENTO – CURSO DE PSICOLOGIA

Estudo Dirigido I
Es
1ª  Para que os filósofos investigam o processo de conhecimento?

2ª De acordo com a tese representacionista qual seria a relação entre  conhecimento e representação?

3ª  Que elementos básicos existem no processo de conhecimento? Explique cada um deles e sua relação.

4ª Diferencie Idealismo de Realismo?

5ª Quando ficou demonstrado que a terra não era o centro do universo, “o homem perdeu seu lugar no mundo, ou, mais exatamente perdeu o próprio mundo que formava o quadro de sua existência e o objeto de seu saber” (Alexandre Koyré).
A partir das discussões em sala de aula sobre o contexto no qual se insere Descartes e o inicio do pensamento moderno, identifique e explique três consequências dessa revolução espiritual que afetaram/contribuíram na produção filosófica do homem moderno.

6ª Em que consistiu a dúvida metódica de Descartes? Qual era o seu objetivo ao aplica-la? COMENTE.

7ª Comente, explicando e justificando seus comentários e sempre que possível, exemplificando com trechos do texto sobre o Cogito cartesiano (Cogito ergo sum) e o seu corolário (lembrando: proposição ou pensamento que se deduz de outra).

8ª Que regras propõe Descartes para dirigir o espirito na busca pela verdade?

9ª Para combater a proposição de que tudo que chega ao pensamento passa pelos sentidos e que o conhecimento se origina nos sentidos, Descartes se utiliza da dúvida metódica e uma reflexão acerca da Razão. Explique como Descartes usa o argumento de Deus e da alma no interior dessa argumentação. Justifique cuidadosamente cada afirmação e depois utilize trechos para comprová-la.


10ª “Nunca nos devemos deixar persuadir senão pela evidência de nossa razão”. Por que Descartes faz esta advertência e o que ela significa?

Descartes e as Regras para Bem Conduzir a Razão

Uma das obras mais fundamentais da filosofia chama-se Discurso do Método e traz o seguinte subtítulo: “para bem conduzir sua razão e buscar a verdade nas ciências”. Será que não é pretensão demais para um texto escrito de forma autobiográfica? A trajetória do texto e o poder que exerceu sobre a tradição posterior revelam que não. O Discurso do Método é uma obra destinada, inicialmente, a servir de prefácio a três ensaios do filósofo e matemático Descartes: a Dióptrica, os Meteoros e a Geometria. Os dois primeiros só interessam hoje aos historiadores do pensamento cartesiano. Já o terceiro teve ampla divulgação entre os matemáticos, por razões que veremos mais tarde. Quanto ao Discurso, dividido em seis partes, apesar de Descartes dizer que seu propósito era apenas “(...) mostrar de que maneira ele se esforçou para bem conduzir sua razão.” (Descartes, 1962) frase que devemos atribuir à modéstia de Descartes, na verdade a obra expõe com clareza uma série de argumentos que permitem à filosofia fundamentar todo o edifício do saber.
Na segunda parte do Discurso, Descartes enumera quatro preceitos que devem conduzir a ciência. Acompanhemos o texto do filósofo:
O primeiro era o de jamais acolher alguma coisa como verdadeira que
eu não conhecesse evidentemente como tal; isto é, de evitar cuidadosamente
a precipitação e a prevenção, e de nada incluir em meus juízos que
não se apresentasse tão clara e tão distintamente a meu espírito, que eu
não tivesse nenhuma ocasião de pô-lo em dúvida. O segundo, o de dividir
cada uma das dificuldades que eu examinasse em tantas parcelas quantas
possíveis e quantas necessárias fossem para melhor resolvê-las. O terceiro,
o de conduzir por ordem meus pensamentos, começando pelos objetos
mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir, pouco, como por degraus,
até o conhecimento dos mais compostos, e supondo mesmo uma
ordem entre os que não se precedem naturalmente uns aos outros. E o último,
o de fazer em toda parte enumerações tão completas e revisões tão
gerais, que eu tivesse a certeza de nada omitir. (DESCARTES, 1962)

A primeira regra, também conhecida por “regra da evidência”, sintetiza um ponto muito importante na filosofia cartesiana. Descartes entende que a razão é uma capacidade que o homem possui para examinar os dados que os sentidos captam. Nisto ele não se distingue de filósofos anteriores. Mas, Descartes também pensa que a verdade e a certeza são condições sem as quais um homem não pode dizer que possui conhecimento. O filósofo foi educado em La Flèche, uma escola jesuíta que reunia o que havia de melhor em termos de Metafísica e Teologia do século XVII. Por meio dessa instrução, Descartes pôde exercitar-se durante anos em investigações metafísicas oriundas da Idade Média cujas teses e argumentos são, em sua maior parte, raciocínios prováveis. É contra esse tipo de procedimento que o método cartesiano ganha força. Para Descartes é importante rejeitar todos os juízos, demonstrações e dados que não possam ser tidos como verdadeiros e indubitáveis. Quando Descartes recomenda a certeza ele pensa naquela “luz natural” que cada homem possui, permitindo-lhe “intuir” (no sentido preciso de ver) a verdade de cada coisa. Veja como o filósofo delineia o método que orienta essa “visão mental”:
Todo método consiste inteiramente em ordenar e em agrupar os objetos
nos quais deveremos concentrar o nosso poder mental se pretendermos
descobrir alguma verdade. Seguiremos este método com exatidão se
desse início reduzirmos as questões complicadas e obscuras, substituindo-
as, passo a passo, por outras mais simples e depois, começando pela
intuição das mais simples de todas, tentarmos conhecer todas as outras,
através dos mesmos processos. (in: COTTINGHAM, 1989)

Você pode aplicar esse método no estudo de qualquer coisa, mas não deixe de atentar para o seguinte: a mensagem de Descartes é que sua razão segue um passo que vai do simples ao complexo por meio de graus de entendimento na matéria. Além disso, o trecho acima revela que o entendimento é uma espécie de visão mental, ou intuição, termo redefinido por Descartes e cujo significado não pode ser confundido com a tradição aristotélica. Em Descartes intuição é uma capacidade análoga à faculdade da visão. A clareza que o entendimento busca é uma capacidade de ver mentalmente as estruturas e qualidades dos corpos existentes, do mesmo modo que a projeção de mais luz sobre um corpo permite uma visão mais detalhada e precisa desse corpo.
Segundo Granger, o espírito do cartesianismo é o espírito da matemática:
Dividir a dificuldade, ir do simples ao complexo, efetuar enumerações
completas, é o que observa rigorosamente o geômetra quando analisa um
problema em suas incógnitas, estabelece e resolve suas equações. A originalidade
de Descartes consiste em ter determinado, de forma por assim dizer
canônica, essas regras de manipulação que somente se esboçam em
seus contemporâneos na sua aplicação particular às grandezas, e de havê-las
ao mesmo tempo oposto e substituído à Lógica da Escola, na qual vê
apenas um instrumento de Retórica, inutilmente sofisticado. (DESCARTES, 1962)

Como se vê, o método cartesiano é uma projeção de princípios e regras que orientam o raciocínio matemático-geométrico. A terceira e quarta regras, respectivamente, apenas confirmam um procedimento de resolução de problemas na geometria: as linhas e as figuras simples estão contidas nas compostas, etc. Vale ressaltar uma caracterização do conhecimento em Descartes que podemos chamar de “unitária”. Talvez sem o saber, Descartes retoma a opinião de Platão, para quem é possível identificar uma natureza comum do conhecimento, e se põe contra Aristóteles nesse ponto, o qual defendia a necessidade de distintas metodologias e perfis diferentes para cada ramo do saber.
(Texto extraído do Livro de Filosofia da Secretária de Educação do Paraná)