quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Filosofia e Política em Kant



“Não podemos esperar que os reis filosofem e os filósofos se tornem reis, nem é algo a ser desejado, porque a posse da força corrompe inevitavelmente o livre juízo da razão. Mas que os reis ou povos soberanos (...) não deixem reduzir ao silêncio a classe dos filósofos, pois se a deixem falar publicamente, conseguiram no estudo de seus problemas certos esclarecimentos e precisões dos quais não se podem prescindir”.

Filosofia Política

Hoje iniciamos nossas atividades apresentando o percurso que percorreremos:

EMENTA
Filosofia e Política. A filosofia política na Antiguidade greco-romana. A relação entre Filosofia e Política no período medieval. O Pensamento político e a filosofia no Renascimento. A Modernidade e a cisão entre Ética e Política. Principais questões, pensadores e obras da filosofia política moderna. A questão do Estado. Alguns tópicos do pensamento político contemporâneo. Leitura propedêutica de textos filosóficos.

COMPETÊNCIAS
- Identificar os principais pensadores e pensamentos filosóficos, no sentido de compreender historicamente a filosofia política;
- Entender a questão politica na tradição filosófica, em especial, as relações entre ética e política, indivíduo e sociedade, estado, poder e liberdade.
- Compreender o processo histórico da filosofia política.

OBJETIVOS
A proposta do curso é investigar a relação entre filosofia e política e, desse modo, contribuir para uma reflexão crítica acerca do homem e da sua relação com o mundo. Embora se discuta as principais obras e pensadores políticos da Antiguidade, Medievo, Renascimento, Modernidade e Contemporaneidade, caracterizando as principais ideias destes períodos, a ênfase será no estudo aprofundado de alguns autores e textos (seletivamente escolhidos) que esclareçam certa compreensão estrutural de suas posições filosóficas e construções teóricas acerca do político.

CONTEÚDO :
Unidade I - Filosofia Política na Antiguidade e no Período Medieval
A política em Platão [“O Político”, “A República”, “As Leis”] e Aristóteles
[“Política” – “Ética à Nicômaco” (política-justiça)]. Cícero e a questão política em Roma. O
livre-arbítrio [Agostinho]. Filosofia-Política-Igreja na idade média.
Unidade II - Filosofia política no Renascimento e o Projeto filosófico na Modernidade.
O pensamento político de Maquiavel e Bodin. Política, felicidade e “utopia”. A Separação entre ética e política.
Unidade III - Política, Filosofia Moderna e Estado.
Principais obras e pensadores políticos da idade moderna e a questão da relação entre o
Estado, leis, política, moral, política. O pensamento filosófico-político sobre o Estado.
Unidade IV-  Filosofia Contemporânea.

Tópicos do pensamento político contemporâneo.

Leitura de Obras Filosóficas II

Hoje iniciamos nossas atividades apresentando o percurso que percorreremos:

EMENTA
Introdução ao pensamento filosófico em Santo Agostinho e São Tomás De Aquino.  A questão do fundamento, do ser e do conhecimento em São Agostinho. São Tomás de Aquino. As categorias fundamentais da filosofia de Santo Agostinho e de São Tomás de Aquino. A questão da verdade. A questão do bem. Leitura propedêutica de textos filosóficos.

COMPETÊNCIAS
- Identificar os principais fundamentos no pensamento filosófico de Santo Agostinho e São Tomas de Aquino;
- Reconhecer o problema relacionado ao conhecimento em Agostinho de Hipona;
- Compreender a relação entre ente e essência no pensamento de São Tomás de Aquino.

OBJETIVOS
Esta disciplina tenciona contribuir para uma leitura crítica das obras de Santo Agostinho e São Tomás de Aquino. Como ela se encontra alinhada à História da Filosofia Medieval, a sua finalidade é, portanto, proporcionar aos alunos um conhecimento aprofundado de temáticas relativas ao momento histórico trabalhado. Neste sentido visa a busca de fundamentação para uma teoria do conhecimento a partir de Agostinho de Hipona e da necessária compreensão da relação existente em a essência e o ente conforme Tomás de Aquino.

CONTEÚDO (Há possibilidade de Alteração):
Unidade I –  Filosofia Medieval: Considerações introdutórias.
Unidade II – O pensamento filosófico de São Agostinho.
Unidade III - As questões filosóficas no pensamento de São Tomás de Aquino.

BIBLIOGRAFIA:

AGOSTINHO, A. De Magistro. Petrópolis: vozes, 2011.
AQUINO, T. O Ente e a Essência. Petrópolis: vozes, 2011.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:

AGOSTINHO, A. A Cidade de Deus. São Paulo; Paulus, 2009.
_________. Confissões. Petrópolis: vozes, 1987.
_________. O Livre-arbítrio. São Paulo; Paulus, 1995.
_________. Solilóquios. A vida feliz. São Paulo; Paulus, 1998.AQUINO, T. Escritos políticos de Santo Tomas de Aquino. Rio de Janeiro, 2011.
ARANHA, M. L. de A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo. Editora Moderna .2000.
DUBY, G. Idade Média, Idade dos Homens. São Paulo. Companhia das letras, 2011.
ARISTÓTELES. Ética a Nicomaco. São Paulo: Nova Cultural, 1999.
____________. Política. Brasília: UnB, 1986.
CÍCERO, M. T. Do Orador e Textos vários. Porto: Res Juridica.
CHAUI, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Editora Ática, 2000.

OCKHAM, G. Obras Políticas. Porto Alegre: Edipucrs, 1999.

PLATÃO. A República. São Paulo: Nova Cultural, 1999.

Boas Vindas!!!


Sejam bem-vindos os estudantes de Filosofia Política e de Leituras de                              Obras filosóficas II!!!

Sugestão de Filmes






Essa dica é tanto para os estudantes de teoria do conhecimento como para todos aqueles que se interessarem: Lembrando do interesse de alguns pelo filme sobre Descartes que assistimos, publico alguns filmes que mostram um pouco do contexto histórico-social da época em que 
estudamos.

Giordano Bruno (1973, Itália, direção Giuliano Montaldo)

O Pensamento e a vida de Giordano Bruno em tempos de inquisição, desde o processo até morte na fogueira. 

Galileu (Italia, direção de Liliane Cavani)

Um filme que também apresenta com destaque os tempo da inquisição e o contexto de discussão sobre a ciência moderna nascente...




Teoria do Conhecimento - Questões para o debate

Na nossa próxima aula teremos algumas atividades em sala de aula, dentre elas, vale destacar o debate sobre o empirismo. Algumas das questões que permearam nosso debate:

1. Comente a relação estabelecida entre a ascensão da burguesia e o empirismo.

2. Francis Bacon defendia que o saber é poder. Reflita sobre essa afirmação. Você acha que o conhecimento é fonte de poder? Pense nos tipos de conhecimento (politico, tecnológico, etc) e nos vários meios de poder.

3. Para os racionalistas do século XVII, a essência do homem é a razão. A psicologia do inconsciente questiona essa afirmação, pois o ser humano não seria apenas racional. Você acredita que exista uma essência do homem? Por quê? Pesquise sobre o assunto para que possamos discutir com seus colegas.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Filosofia (Comunicação)

 Estudo Dirigido I 

1. "Logos e mito são as duas metades da linguagem, duas funções igualmente fundamentais da vida do espírito." Que quer dizer Pierre Grimal com essa afirmação?

2. Por que se pode dizer, baseado no estudo do helenista Jean-Pierre Vernant, que o o surgimento da filosofia foi  engendrado em " praça pública"?

3. Qual era a preocupação central dos filósofos de Mileto e o que encontrou cada um em sua busca?

4. O pensamento de Pitágoras introduziu pela primeira vez, dentro da história da filosofia ocidental, um aspecto mais formal na explicação da realidade. Que aspecto é esse? Por que é mais formal? Em comparação ao quê? Justifique sua resposta com exemplos.

5. Qual a concepção de realidade contida nesta frase de Heráclito: "a luta é a mãe, rainha e princípio de todas as coisa"?

6. Comente as divergências fundamentais entre Parmênides e Heráclito sobre a realidade do ser.

7. Qual o objetivo Zenão de Eléia ao criar celebres argumentos como o da corrida de Aquiles com uma tartaruga?

8. Empédocles tentou conciliar  as concepções de Parmênides e Heráclito. Como essa tentativa de conciliação se expressa em sua teoria?

9. De que maneira o pensamento de Demócrito também formula uma solução que concilia imobilidade do ser com o movimento do mundo?

Temas para o Seminário: Filosofia e suas considerações

1. Do mito a racionalidade do pensamento ocidental (identidade e diferença). 
2. A questão do fundamento: o ser, o sujeito, a linguagem. 
3. A questão do conhecimento e da verdade na filosofia.
4. Os primeiros jônios e a questão do “principio” de todas as coisas.
5. Parmênides e Heráclito: a proposito do ser ou do conhecimento.
6. A Sofistica e o deslocamento do eixo da pesquisa filosófica do cosmo para o homem.
7. Sócrates e a Filosofia Moral Ocidental.
8. Platão e a República: questões epistemológicas ou politicas.
9. O pensamento aristotélico.

Também podem ser escolhidos problemas filosóficos específicos ou sistemas filosóficos, utilizando o material auxiliar que já está disponibilizado na xerox, tais como: o problema lógico, problema gnosiológico, problema linguístico, problema cosmológico, problema antropológico, problema metafísico, problema ético, problema político-social, bem como, Escola Jônica, Escola de Eleia, Escola Atomística e a Sofistica.

Lembrem-se que as equipes devem ter entre três e cinco pessoas e que na apostila se encontra um texto explicativo sobre se deve elaborar um seminário.

Observação Importante

Ao responder perguntas filosóficas é preciso argumentar, ponderar e justificar suas afirmações. Não devemos fazer afirmações e refutações sem explicá-las e contextualizá-las.


Introdução a Filosofia - Administração

Estudo Dirigido II

1. Explique o que é e quais são os principais pontos da Teoria das Formas/Ideias de Platão.

2. Explique cuidadosamente e justifique seus argumentos acerca de como pode ser interpretada a Alegoria da Caverna:
a) epistemologicamente:
b) politicamente:

3. Quais as definições de Justiça que o personagem Sócrates no Livro I da República de Platão critica e quais são essas críticas?

4. Comente sobre a questão da Justiça em Platão a partir da discussão sobre a teoria das formas.

 5. Explique e comente sobre a discussão platônica sobre a questão das ciências a partir da suposição de uma linha recortada em duas partes desiguais. Não se esqueça de esclarecer acerca das quatro operações da alma e aplica-las aos quatro segmentos.


 6. Ao ser perguntado sobre a questão do Bem no livro VI da República, o personagem Sócrates responde comparando: assim como o Bem está para o mundo inteligível, o sol está para o mundo visível. Com base nessa reflexão, comente sobre a ideia do Bem. 

Confira Seus Conhecimentos: Descartes e o Racionalismo

Confira Seus Conhecimentos:
I. René Descartes é considerado o mestre do racionalismo, corrente filosófica moderna que atribui à razão humana a capacidade exclusiva de conhecer e estabelecer a verdade. É correto dizer que o racionalismo cartesiano:
A) utiliza o método indutivo a posteriori.
B) admite parte dos saberes já existentes e consagrados.
C) recusa todo tipo de premissa, por mais evidente e lógico que possa parecer.
D) está fundado na intuição intelectual.
E) nega a capacidade humana de discernir por completo o certo do errado, o verdadeiro do falso, dada a falibilidade natural à espécie.

II. (UEL-2005) “E quando considero que duvido, isto é, que sou uma coisa incompleta e dependente, a idéia de um ser completo e independente, ou seja, de Deus, apresenta-se a meu espírito com igual distinção e clareza; e do simples fato de que essa idéia se encontra em mim, ou que sou ou existo, eu que possuo esta ideia, concluo tão evidentemente a existência de Deus e que a minha depende inteiramente dele em todos os momentos da minha vida, que não penso que o espírito humano possa conhecer algo com maior evidência e certeza”. (DESCARTES, René. Meditações. Trad. de Jacó Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 297-298.) Com base no texto, é correto afirmar:
a) O espírito possui uma ideia obscura e confusa de Deus, o que impede que esta ideia possa ser conhecida com evidência.
b) A ideia da existência de Deus, como um ser completo e independente, é uma consequência dos limites do espírito humano.
c) O conhecimento que o espírito humano possui de si mesmo é superior ao conhecimento de Deus.
d) A única certeza que o espírito humano é capaz de provar é a existência de si mesmo, enquanto um ser que pensa.
e) A existência de Deus, como uma ideia clara e distinta, é impossível de ser provada.


III. Produza um texto com o seguinte tema: “Análise e conhecimento em Descartes.” Procure refazer os passos expostos no Discurso do Método de Descartes. Crie um texto argumentativo que prioriza a defesa das quatro regras. Considere e reflita sobre também em expressões que definam cada regra. A primeira é a regra da evidência, pois... a segunda é a regra da... Etc. 

IV.(UFU- 1999) "Além disso observei que os filósofos, ao empreenderem explicar, pelas regras da sua lógica, coisas que são manifestas por si próprias, não fizeram mais do que obscurecê-las".  (Descartes - Princípios de Filosofia - Lisboa, Guimarães Editores)
      Explique a concepção de conhecimento em Descartes.
       
     V. (UFU - 2002 ) Leia com atenção a exposição dos preceitos fundamentais do Método, feito por Descartes.
     “O primeiro era de jamais acolher alguma coisa como verdadeira que não conhecesse evidentemente como tal; (...). O segundo, o de       dividir cada uma das dificuldades que eu examinasse em tantas parcelas quantas possíveis e quantas necessárias fossem para melhor resolvê-las. O terceiro, o de conduzir por ordem os meus pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir, pouco a pouco, como por degraus, até o conhecimento dos mais compostos, (...) e o último, o de fazer revisões tão gerais, que eu tivesse a certeza de nada omitir.”
DESCARTES. Discurso do Método. Coleção “Os Pensadores”. São Paulo: Abril Cultural, 1987.
A efetivação do método ocorre graças ao esforço do pensamento que objetiva descobrir a verdade das coisas existentes. Tomando o texto de Descartes por referência, indique as quatro operações mentais que cada um deve fazer para executar o método proposto pelo filósofo francês.
VI. (UFU - 2002) De acordo com Descartes:
“a razão (...) “é naturalmente igual em todos os homens; e, destarte, que a diversidade de nossas opiniões não provém do fato de serem uns mais racionais do que outros, mas somente de conduzirmos nossos pensamentos por vias diversas e não considerarmos as mesmas coisas. Pois não é suficiente ter o espírito bom, o principal é aplicá-lo bem.” DESCARTES. Discurso do Métodopara bem conduzir a própria razão e procurar a verdade nas ciências. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p.29.
Com relação ao fragmento acima, responda: Quais são as vias diversas, que prejudicam a boa aplicação da razão?
VII. (UFU - 2003) Descartes afirmou no Discurso do método que a boa condução da razão na pesquisa da verdade das coisas deve ser feita em poucas regras. Sendo assim, o primeiro dos quatro preceitos básicos do seu método diz o seguinte: jamais acolha alguma coisa como verdadeira que não conheça evidentemente como tal.
A aplicação desta primeira regra evita dois graves defeitos. Responda: quais são e como se caracterizam os dois defeitos a que se refere Descartes?
VIII (UFU - 2004) No escrito publicado postumamente, Regras para a orientação do espírito, Descartes fez o seguinte comentário:
.Mas, toda vez que dois homens formulam sobre a mesma coisa juízos contrários, é certo que um ou outro, pelo menos, esteja enganado. Nenhum dos dois parece mesmo ter ciência, pois, se as razões de um homem fossem certas e evidentes, ele as poderia expor ao outro de maneira que acabasse por lhe convencer o entendimento..
DESCARTES, René. Regras para a orientação do espírito. Trad. de Maria Ermantina Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 6-7.
Para alcançar a verdade das coisas, isto é, o conhecimento certo e evidente, é necessário um método composto de regras muito simples que evitem os enganos e as opiniões prováveis. Segundo Descartes, somente duas ciências podem auxiliar na fundamentação do método
para a investigação da verdade, são elas:
A) teologia e filosofia.
B) mecânica e física.
C) fisiologia e filologia.
D) aritmética e geometria.