segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Setembro Amarelo em Tempos de Pandemia


Reflexões filosóficas explorando situações vivenciais concretas.

Parte I. O Mundo da vida



📚 Proposta de estudos a partir do Encontro formativo sobre o existencialismo

(BNCC EM13CHS504) Analisar e avaliar os impasses ético-políticos decorrentes das transformações científicas e tecnológicas no mundo contemporâneo e seus desdobramentos nas atitudes e nos valores de indivíduos, grupos sociais, sociedades e culturas.

*Itinerário do Estudo Setembro Amarelo em Tempos de Pandemia - Parte I - Mundo da vida*

📚 Viver e Existir

📌 A vida e a realidade do mundo em Schopenhauer: a luta continua pela existência

📌 Kierkegaard e a angustia existencial: uma vida para Deus

📌 Nietzsche e o Ideal da vida dionísica

📌A arte como criação do Espirito.

📌 A existência e o Personalismo: a vida pelo prisma do existencialismo cristão (Gabriel Marcel, Emannuel Monier e Martin Buber).

📌 um ser-no-mundo e com o mundo: Heidegger e a existência autêntica

📌Vida, liberdade e responsabilidade em Sartre

📌Merleau-Ponty e a liberdade


Texto Base - Capítulo VII - Se eu vivo, logo existo. Filosofia Construindo o Pensar- Dora Incontri e Alessandro César Bigheto.


Texto complementar - Vida Precária- Judith Butler


Sugestão de atividade 01 - Em equipe de três a cinco pessoas, elaborar um roteiro sobre um dos tópicos acima a ser encenado (cada um na sua casa) como uma interpretação áudio visual via plataforma educacional (teams ou meet). Sugestão de atividade 02 - Produção livre (audio-visual, postagem seriada em rede sociais, podcast, Redação dissertativa ou produção literária) escolhendo um dos tópicos acima e relacionando a um dos cincos ensaios do livro a vida precária de Judith Butler.

#filosofiaemtemposdepandemia #estamosjuntosadistancia #setembroamarelo

Arte do Coordenador da Gestão Colegiada:  Nicolas Gustavo!


 

terça-feira, 25 de agosto de 2020

“Vozes Negras Por Palmares” um documentário do Coletivo Intelectuais Negras e Negros

 


O vídeo “Vozes Negras Por Palmares” é uma breve aula sobre a atuação do Movimento Negro brasileiro na luta por uma sociedade justa, equânime e igualitária. (Cuti, Luiz Silva)

O Coletivo de Intelectuais Negras e Negros rememora a contribuição do “Velho Militante”, para marcar a nossa defesa pela Fundação Cultural Palmares lançando maravilhoso vídeo “Vozes Negras Por Palmares”.

Roteiro: Álvaro Roberto Pires Ellen Gonzaga Lima Souza Rosangela Malachias (coordenação) Equipe de Produção: Álvaro Roberto Pires Carlos Benedito Rodrigue da Silva Dileia Aparecida Martins Briega Ellen Gonzaga Lima Souza Izanete Marques Souza Mônica Abrantes Galindo Oliveira Tiago Vinícius André dos Santos Valter Roberto Silvério Tradução para LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais: Dileia Aparecida Martins – UFSCar//Cláudia Regina Vieira - UFABC Interpretação em LIBRAS: Cláudia Regina Vieira - UFABC Versão para o Inglês: Canal Aberto Produtora Montagem: Cauê Angeli – Canal Aberto Produtora Direção: Rosangela Malachias Referências bibliográficas PINTO, AFM - Imprensa negra no Brasil do século XIX. 1. ed. São Paulo: Selo Negro, 2010. v. 1. 184p . PINTO, AFM - Escritos de liberdade: literatos negros, racismo e cidadania no Brasil Oitocentista. 1. ed. Campinas: Editora da Unicamp, 2018. SILVA, AC da . Se Eles fazem eu desfaço: Uma proposta de reversão dos estereótipos em relação ao negro no livro didático 1991 (pesquisa). SILVA, AC da - A representação social do negro no livro didático: o que mudou? por que mudou? Salvador, EDUFBA, 2017. Referências Fílmicas CULTNE – Frente Negra no Aristocrata Clube (Amauri Mendes Pereira; Yedo Ferreira e Zózimo Bulbul) CULTNE - 20 de Novembro de 1988, Rio de Janeiro. Trilha Sonora Batucada Samba Instrumental – [https://www.youtube.com/watch?v=GfoWB...] Chorinho "Vou Vivendo" de Alfredo da Rocha Viana Filho (Pixinguinha), interpretado pelo Regional de Choro Conjunto Som Brasileiro músicos: Professor Sergio Napoleão Belluco (Violão 7 Cordas); Alessandro dos Santos Penezzi, aos 16 anos (Violão Tenor); Taufik Cury (Violão 6 Cordas); Derio Lovadino (Cavaquinho); Leite (Pandeiro). [https://www.youtube.com/watch?v=20NFq...] Olhos Coloridos – Instrumental – Sandra de Sá – compositor: Macau [https://www.youtube.com/watch?v=YchAq...] Raça – Milton Nascimento / Fernando Brant – [https://www.youtube.com/watch?v=nC9c2...] Licenciada ao YouTube por UMG (em nome de Verve); LatinAutor - SonyATV, ASCAP, SOLAR Music Rights Management, EMI Music Publishing, Sony ATV Publishing, CMRRA, LatinAutor, UNIAO BRASILEIRA DE EDITORAS DE MUSICA - UBEM e 2 associações de direitos musicais. Capoeira – Toque Berimbau – [https://www.youtube.com/watch?v=jl4bZ...] Preto em Movimento – MV Bill Falcão O Bagulho é Doido [https://www.youtube.com/watch?v=QeBAA...] Agradecimentos aos/às “Mais Velhas(os)” Kabengele Munanga - Muniz Sodré – Petronilha Beatriz Gonçalves da Silva – Ana Célia da Silva - Oswaldo de Camargo e Januário Garcia. CULTNE – Acervo Digital -

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Filosofia em Tempos de Pandemia - Dossiê Covid 19

Nessa aula, busca trabalhar a habilidade EM13CHS502 da Base Nacional Curricular voltada para o ensino médio:

Analisar situações da vida cotidiana, estilos de vida, valores, condutas etc., desnaturalizando e problematizando formas de desigualdade, preconceito, intolerância e discriminação, e identificar ações que promovam os Direitos Humanos, a solidariedade e o respeito às diferenças e às liberdades individuais.



Por meio da reflexão a partir de trechos de textos filosóficos ou questões filosóficas expressas por pensadores das diversas formas de conhecimento busca-se refletir filosoficamente sobre o mundo durante a pandemia da COVID-19 e esses momentos de isolamento social.

Apresenta-se textos no dossiê Covid 19 escolhido pela disponilização gratuita na internet e sua constante atualização. Delimita-se a discussão sobre a questão da Normalidade em Judith Butler, Giorgio Agamben e Boaventura de Souza Santos.
Recomenda-se a leitura do texto do Boaventura Souza dos Santos com antecedência ou imediatamente posterior a aula ainda como momento assíncrono para fortalecer a ideia geral da aula intitulada normalidade da exceção.

Como atividade se propõe a construção de um padlet em equipe a ser compartilhado com a professora a partir de uma leitura filosófica de um dos textos que compõe o dossiê a partir do tema filosófico Pandemia e Normalidade.
Observa-se a necessidade de adaptar o vídeo para acessibilidade, no entanto, foi considerada as turmas já conhecidas e suas necessidades como público-alvo, daí a referências constante aos pássaros como são comumente conhecidos os estudantes do Campus dado uma homenagem do movimento estudantil ao poeta Valdemar dos Pássaros.

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Formação Sistêmica - Padlet

Em agosto participamos de uma formação sistêmica em Ensino Remoto. Uma das atividades solicitava a criação de um padlet. Eís aqui a apresentação do Projeto Filosofia em Tempos de Pandemia. No IFRN estamos trabalhando para proporcionar um retorno as aulas que seja o mais adequado possível ao tempo em que estamos vivendo.


Aqui se encontra um depoimento sobre a utilização do mesmo:


violência doméstica, feminicídio e assédio sexual no ambiente escolar


 🎦 QUINTA FEMINISTA Live discute violência doméstica, feminicídio e assédio sexual no ambiente escolar


Nesta quinta-feira (20/08), aconteceu mais uma live da Quinta Feminista, que nesta edição vai abordar o tema "Violência Doméstica, Feminicídio e Assédio Sexual no ambiente escolar: quais as estratégias, ações educativas e políticas necessárias para o enfretamento cotidiano?". A atividade é uma promoção do Núcleo de Estudos em Educação, Gênero e Diversidade do IFRN (NEGÊDI) e será transmitida às 16h, através da página do NEGÊDI no Facebook (https://www.facebook.com/nucleonegedi).

Para debater o tema, foram convidadas Ana Camilly Costa, estudante do IFRN Campus Ceará-Mirim e integrante do Coletivo AME; Pâmmela Assunção, psicóloga, feminista e militante do Coletivo Amélias; Erika Canuto, promotora pública e professora da UFRN; e Andrea Prado, arquiteta, professora e diretora-geral do IFG Campus Uruaçu.

Para mediar o debate, contaremos com a participação de Udymar Pessoa, pedagoga, historiadora e integrante do NEGÊDI.

Agende-se e participe!


quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Vídeo tutorial Filosofia em Tempos de Pandemia


Esse é um vídeo tutorial apresentando o projeto Filosofia em Tempos de Pandemia. Este vídeo foi desenvolvido durante a Formação Sistêmica em Ensino Remoto.

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

A Legalidade é uma questão de Poder, não de Justiça

A LEGALIDADE É UMA QUESTÃO DE PODER, NÃO DE JUSTIÇA

Durante os anos do Brasil Império, o caráter liberal da Constituição de 1824 se contrastava com a manutenção do sistema de produção escravista, baseado em um arcabouço jurídico de desqualificação do escravo como pessoa e sujeito possuidor de direitos. Apesar da omissão acerca da existência da escravidão por parte da Carta Magna, havia a possibilidade de se inferir, jurídica e legalmente, a sua legitimidade como organização socioeconômica do Brasil. Assim, com uma independência brasileira pautada na manutenção do “status quo” pelo qual o país era constituído, foi possível a instrumentalização do aparelho burocrático do Império para o benefício privado da aristocracia rural, a qual tinha seus poderes fortalecidos pela conservação da estrutura escravocrata.

Dessa forma, podemos confirmar a existência da distância prática entre a execução da lei e os princípios da justiça (aqui entendido como valores universais, que garantem a liberdade, a igualdade, a moralidade, a equidade, a dignidade humana, entre outros direitos naturais) – como acima apresentado, em que os direitos fundamentais foram legalmente, a determinado grupo, negados, pelo arbítrio daqueles que possuíam o poder político-econômico. Logo, apesar do fundamento conceitual do Direito ter como objetivo principal o cumprimento da justiça, nem sempre tal fim é alcançado, seja por falta de disposição política para cumpri-lo, seja pelo desejo de manter determinados privilégios.

Nesse sentido, enquanto uma seção de julgamento, com base na análise técnica das leis, necessita de imparcialidade por parte do juiz, ou seja, de desconsiderar as condições de classe, etnia ou gênero das partes envolvidas, as elaborações das leis são guiadas por aspectos essencialmente ideológicos (conjunto de ideias que objetivam fortalecer as estruturas de poder, ou mesmo fragilizá-las a fim de substitui-las por outras), apesar da orientação na filosofia de John Rawls pelo véu da ignorância (a qual demonstra que o indivíduo deveria ignorar, no momento de legislar, as suas predileções e suas circunstâncias pessoais). A legalidade, portanto, não pode ser entendida como prática da justiça, mas como tecnologia e como questão de poder.

Por esse ângulo, o Direito positivo, como institucionalização da norma, serve, dentro do poder disciplinar, como recurso para “adestramento” dos corpos, na medida que se constrói, pelo exercício da violência simbólica, indivíduos obedientes e desmobilizados frentes às estruturas de dominação, de repressão e de ordem social. Tal aspecto pode ser verificado ao contrastar o perfil social da maioria dos encarcerados (pobres, negros e periféricos) com o trajeto de impunidade que os grandes oligopólios do complexo agroindustrial são tratados, mesmo agindo antiteticamente. Vê-se, então, a aplicação de uma punição mais direcionada a um estereótipo de classe do que para a gravidade do crime cometido. Produz-se, portanto, o cerceamento da liberdade de determinados grupos oprimidos, em favorecimento da permanência de privilégios estabelecidos a partir da promiscuidade entre o público e o privado (patrimonialismo).

Ao passo que se observa a manipulação daquilo que se apresenta como legal, a fim de conservar o monopólio do poder e de atender aos objetivos arbitrários das elites político-econômicas, percebe-se a descontinuidade do compromisso do poder público em se utilizar do aparelho legislativo para o exercício dos princípios do Estado Democrático de Direito. Ao contrário do que é aplicado, o referido regime de governo se configura por meio da intersecção do acesso à justiça (garantido pela constituição Federal de 1988, como possibilidade de transformação social) e no entendimento de que a atuação estatal e de particulares deve pautar-se pelo respeito aos direitos fundamentais e à Constituição.

Diante disso, indaga-se: a quem o aparelhamento da violência tem favorecido? À Aristocracia político-econômica do Brasil. A quem o Estado tem servido pelas regras do Direito? A história tem apontado para uma resposta diferente do povo. O poder institucionaliza a verdade; a verdade tem suprimido o povo. Silenciados, mortos e amordaçados, porém militantes, subversivos e revolucionários, os Excluídos da História e os alvos da instrumentalização do Direito perpetuam suas lutas contrárias à arbitrariedade do Estado de Exceção. Assim, com tal postura de resistência, talvez, possa-se construir um futuro em que se ouça as “Marias, Mahins, Marielles e Malês”, como canta o samba-enredo da Mangueira.

Texto de Nicolas Gustavo - Coordenador em Gestão Colegiada no Projeto Filosofia em Tempos de Pandemia.