Tema: ENEM/ Filosofia em Geral
41. “A política, foi inicialmente, a arte das
pessoas se ocuparem do lhes diz respeito. Posteriormente, passou a ser a arte
de compelir as pessoas a decidirem sobre aquilo de que nada entendem”.
VALÉRY, P. Cadernos. Apud
BENEVIDES, M.V.M. A cidadania ativa. São Paulo: Ática, 1996.
Nesta definição o autor
entende que a história da política está dividida em dois momentos principais:
um primeiro, marcado pelo autoritarismo excludente, e um segundo caracterizado
por uma democracia incompleta. Considerando o texto, qual é o elemento comum a
esses dois momentos da história política?
a) A distribuição equilibrada do poder.
b) O impedimento da participação popular.
c) O controle das decisões por uma minoria.
d) A valorização das opiniões mais competentes.
e) A sistematização dos processos decisórios.
42. O príncipe, portanto,
não deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu propósito é manter o
povo unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos duros poderá ser mais
clemente do que outros que, por muita piedade, permitem aos distúrbios que
levem ao assassínio e ao roubo.
MAQUIAVEL, N. O Príncipe.
São Paulo. Martin Claret, 2009.
No século XVI, Maquiavel
escreveu O Príncipe, reflexão sobre a monarquia e a função do governante. A
manutenção da ordem social, segundo esse autor, baseava-se na
a. Inércia do julgamento de
crimes polêmicos.
b. Bondade em relação ao
comportamento dos mercenários.
c. Compaixão quanto à
condenação de transgressões religiosas.
d. Neutralidade diante da
condenação dos servos.
e. Conveniência entre o
poder tirânico e moral do príncipe.
43. A lei não nasce da
natureza, junto das fontes frequentadas pelos primeiros pastores; a lei nasce
das batalhas reais, das vitórias, dos massacres, das conquistas que têm sua
data e seus heróis de horror: a lei nasce das cidades incendiadas, das terras
devastadas, ela nasce com os famosos inocentes que agonizam no dia que está
amanhecendo.
FOUCAULT, M. Aula de 14 e
janeiro de 1976. In: Em defesa da sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
O filósofo Michel Foucault
(séc. XX) inova ao pensar a política e a lei em relação ao poder e à
organização social. Com base na reflexão de Foucault, a finalidade das leis na
organização das sociedades modernas é
a. Combater ações violentas
na guerra entre as nações.
b. Coagir e servir para
refrear a agressividade humana.
c. Criar limites entre a
guerra e a paz praticadas entre os indivíduos de uma mesma nação.
d. Estabelecer princípios
éticos que regulamentam as ações bélicas entre países inimigos.
e. Organizar as relações de
poder na sociedade e entre os estados.
44. A ética precisa ser
compreendida como um empreendimento coletivo a ser constantemente retomado e
rediscutido, porque o produto da relação interpessoal e social. A ética supõe
ainda que cada grupo social se organize sentindo-se responsável por todos e que
crie condições para um exercício de pensar e agir autônomos. A relação entre
ética e política é uma questão de educação e luta pela soberania dos povos. É
necessária uma ética renovada, que se construa a partir da natureza de valores
para organizar também uma nova prática política.
CORDI. et al. Para filosofar. São Paulo: Scipione, 2007
(adaptado)
O século XX teve de repensar
a ética para enfrentar novos problemas oriundos de diferentes crises sociais,
conflitos ideológicos e contradições da realidade. Sob este enfoque e a partir
do texto, a ética pode ser compreendida como
a. Instrumento de garantia
da cidadania, porque através delas os cidadãos passam a pensar e a agir de
acordo com valores coletivos.
b. Mecanismo de criação dos
direitos humanos, porque é da natureza do homem ser ético e virtuoso.
c. Meio para resolver os
conflitos sociais no cenário da globalização, pois a partir do entendimento do
que e efetivamente a ética, a política internacional se realiza.
d. Parâmetro para assegurar
o exercício político primando pelos interesses a ação privada dos cidadãos.
e. aceitação de valores
universais implícitos numa sociedade que busca dimensionar sua vinculação à
outras sociedades.
45. Na ética contemporânea,
o sujeito é não é mais um sujeito substancial, soberano e absolutamente livre,
nem um sujeito empírico puramente natural. Ele é simultaneamente os dois, na
medida em que é um sujeito histórico-social. Assim, a ética atinge um
dimensionamento político, uma vez que a ação do sujeito não pode mais ser vista
e avaliada fora da relação social coletiva. Desse modo, a ética se entrelaça,
necessariamente com a política, entendida esta como a área de avaliação de
valores que atravessas as relações sociais e que interliga os indivíduos entre
si.
O texto, ao evocar a
dimensão histórica do processo de formação da ética na sociedade contemporânea,
ressalta
a. Os conteúdos éticos
decorrentes da ideologias político-partidárias.
b. O valor da ação humana
derivada de preceitos metafísicos.
c. A sistematização de
valores desassociados da cultura.
d. O sentido coletivo e
político das ações humanas individuais.
e. O julgamento da ação
ética pelos políticos eleitos politicamente.
46.
Democracia: “regime político
no qual a soberania é exercida pelo povo, pertence ao conjunto de cidadãos.”
JAPIASSÚ, H; MARCONDES, D.
Dicionário Básico de Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2006.
Uma suposta “vacina” contra
os despotismo, em um contexto democrático, tem por objetivo
a. Impedir a contratação de
familiares para o serviço público.
b. Reduzir a ação das
instituições constitucionais.
c. Combater a distribuição
equilibrada de poder.
d. Evitar a escolha de
governantes autoritários.
e. Restringir a atuação do
parlamento.
(Depois de tentar resolver as questões, clique em gabaritos.).
(Depois de tentar resolver as questões, clique em gabaritos.).
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